Quando você pensa em desenvolvimento, é muito provável que surjam em sua mente grandes cidades, carros autônomos, tecnologias avançadas. Mas será que existe outra forma mais inclusiva de crescermos economicamente? O Desenvolvimento sustentável nos ajuda a imaginar e a praticar novos tipos de economia.

A economia mundial cresceu em cima da industrialização linear, em um momento onde ainda havia muitos recursos disponíveis e poucas pessoas. Não apenas o crescimento populacional, como também a exploração de recursos naturais, assim como as consequências ambientais que isso traz, faz com que não possamos mais nos desenvolver dessa forma.

Natureza, pessoas em vulnerabilidade, com diferentes necessidades, costumam, ou costumavam, ficar fora das metas de desenvolvimento e crescimento dos governos e das empresas.

Mas atualmente já sabemos que essa conta não fecha, por algumas questões:

• Crescer sem considerar pessoas em situação de vulnerabilidade ou com diferentes necessidades do que é considerado um padrão, gera uma enorme desigualdade social. Isto, além de não ser ético, traz enormes problemas sociais que atrapalham qualquer desenvolvimento saudável.
• A mentalidade linear, de que podemos explorar e crescer sem fim, não é aplicável quando a verdade é que vivemos em um planeta finito, com recursos que acabam e precisam ser renovados.
• O desejo de alcançar um estilo de vida onde podemos produzir lixo, consumir de forma preparatória, não nos preocupar com os impactos que criamos, é um castelo de areia que não se sustenta a longo prazo.

De onde surgiu o desenvolvimento sustentável

No início da década de 60 foi lançado pela bióloga e estudiosa, Rachel Carson, o livro A Primavera Silenciosa, que apontava os impactos dos pesticidas nos animais e natureza, sendo considerado um dos precursores do movimento ambientalista. 

Este foi apenas um dos pontos que começaram a culminar em uma série de preocupações de estudiosos da área ambiental, iniciando diversos alertas para sociedade, poder público e empresas sobre o impacto que nossa forma de produção estava causando no mundo.

Foi então, nos anos 70, que começaram os maiores movimentos voltados para a sustentabilidade, com diferentes atores unidos para discutir os impactos da forma em que as indústrias estavam se desenvolvendo e produzindo.

Porém, foi apenas em 1987, através do Relatório Brundtland com o documento Nosso Futuro Comum, proposto pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que o conceito de Desenvolvimento Sustentável começou a ser disseminado, defendendo o desenvolvimento, de forma que proteja os recursos naturais para comunidades futuras.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Os objetivos de desenvolvimento sustentável fazem parte de uma série de acordos internacionais, desenvolvidos por encontros entre países que entram em consensos globais de quais são as ações necessárias, tecnologias e resoluções para os países signatários.

Durante a Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro, foram definidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, criados pela Organização das Nações Unidas, que compõem uma série de metas sustentáveis para serem atingidas até 2030, cumprindo a Agenda 2030.

No total são 254 indicadores, que devem ser assumidos pelos países signatários, variando conforme a responsabilidade e desafio de cada lugar. No Brasil, por exemplo, dos 254 indicadores, 10 não se aplicam.

Desenvolvimento Sustentável na prática

O desenvolvimento sustentável é um esforço coletivo e precisa de que cada um assuma o seu papel para que as metas sejam atingidas em tão pouco tempo.

As partes com papéis mais impactantes nesses objetivos são os do governo e das empresas, pois, são esses atores que conseguem exercer maior influência e determinar acordos que podem beneficiar toda a sociedade. Mesmo assim, não podemos excluir a importância do papel como cidadão, em adotar os objetivos em seu cotidiano, assim como cobrar os outros atores para mudança.

O papel do governo no desenvolvimento sustentável

Os governos dos países têm um forte papel de articuladores e facilitadores na aplicação dos objetivos de desenvolvimento sustentável, adotando práticas como:

• Incentivar o progresso das pesquisas científicas e avanços de tecnologia verde.
• Definir leis e regras para que os objetivos possam ser cumpridos.
• Produzir políticas públicas que beneficiem empresas e pessoas que trabalham dentro dos preceitos da economia verde.
• Assegurar que os acordos definidos serão atingidos.

O papel das empresas no desenvolvimento sustentável

As empresas têm um grande e desafiador papel no desenvolvimento sustentável, já que sair do modelo de produção linear para o circular e sustentável exige uma série de investimentos, como na elaboração de tecnologias verdes e educação dos stakeholders para alcançar as metas de sustentabilidade.

Algumas práticas que podem ser adotadas:

• Conhecer importantes conceitos que ajudarão a colocar os objetivos em prática, como a economia circular, logística reversa, gestão de resíduos, igualdade de gênero, práticas regenerativas, Capitalismo Consciente, etc.
• Investir em pesquisas para desenvolvimento de produtos e insumos de fácil renovação.
• Incentivar seus colaboradores a criarem soluções mais ecológicas.
• Criar produtos e oportunidades que visem mais do que a lucratividade, mas a melhoria da sociedade.

Veja como a Orizon Valorização de Resíduos íntegra as ODS em suas estratégias

Essas são apenas algumas das ações que o governo e as empresas podem fazer para contribuir com o desenvolvimento sustentável, porém, existe um campo muito grande que ainda pode ser trabalho.
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