Nem sempre a solução mais simples é a melhor opção, e o problema de resíduos que enfrentamos no Brasil pode claramente ilustrar esta frase. Portanto, aplicar a economia circular na gestão de resíduos é reverter este quadro, ao maximizar os recursos, proteger comunidades e gerar ganhos financeiros para setores privados e públicos.

A má gestão dos resíduos sólidos, sejam eles urbanos, industriais, hospitalares e outros,

gera graves problemas ambientais e sociais, assim como resulta em uma grande perda financeira para o país. 

Mais preocupante ainda é saber que a expectativa é de que até 2050 chegaremos a produzir 3,4 bilhões de resíduos sólidos urbanos mundialmente (hoje este número está na casa de 2,01 bilhões).

Ainda, mesmo com avanços importantes de regulamentos na gestão de resíduos sólidos, como o PNRS e Planares, é notável que ainda temos muito para desenvolver e chegar nos objetivos sustentáveis que são tão urgentes. A economia circular é esta base, que pode impulsionar a evolução do tratamento de resíduos.

Como a economia circular enxerga os resíduos

O principal objetivo da economia circular é diminuir a geração de resíduos. Nos seus pilares estão, a redução do desperdício e poluição, para então circular produtos e materiais e, por fim, regenerar a natureza.

Contudo, para alcançar essas metas precisamos de soluções sistêmicas entre o poder público, privado e sociedade.

Lidar com o resíduo que já está produzido é fundamental, assim como olhar para aqueles que não podem ser eliminados, porque é inegável que, mesmo usando insumos totalmente ecológicos ou retornáveis, sociedades vão gerar resíduos e é imprescindível saber lidar com eles.

Gestão de resíduos na economia circular

Hoje a gestão de resíduos ainda lida majoritariamente com o olhar linear sobre os rejeitos produzidos, onde existe a produção, uso e destinação daquele material que não será mais usado. Ainda, mesmo que no Brasil, por exemplo, exista a meta de eliminar lixões e aterros controlados, o encaminhamento para aterros sanitários não é o suficiente para lidar com os problemas que os resíduos geram.

Além disso, não podemos esquecer que apenas 3% dos resíduos passíveis de serem reciclados realmente encontram este fim, a maioria é desperdiçado sendo destinado para aterros.

Portanto, aplicar a economia circular na gestão de resíduos é um avanço, necessário e urgente. Mas como essas duas práticas se encontram? Entendendo que resíduos não são um problema que queremos tirar rapidamente da nossa frente, mas sim uma matéria muito rica que pode servir de fonte para outros usos.

Nos ecoparques da Orizon trabalhamos com a valorização de resíduos, frequentemente adotando os preceitos da economia circular para encontrar soluções onde podemos dar um melhor destino para os resíduos sólidos. Veja algumas delas:

• Separação para reciclagem: mesmo quando a coleta não foi seletiva, existem máquinas que podem fazer a separação de alguns materiais recicláveis, fazendo seu encaminhando correto.
• Compostagem: na separação, tudo o que é puramente orgânico vai para um sistema de compostagem, que gera insumos para ser usado em jardins, agricultura e hortas domésticas.
• Combustíveis Derivados de Resíduos: os materiais que não podem ser reciclados e possuem um alto valor calorifíco passam por um processo de trituração, que gerará um blend usado como combustível.
• Produção de biogás, biometano e energia: por fim, os materiais que não puderam ser reaproveitados passam por uma decomposição anaeróbica, onde é feita a extração e produção do biogás e biometano, que podem ser grandes fontes de energia renovável.

Desafios

Os desafios para a gestão de resíduos são inúmeros, começando pela percepção de valor que eles possuem. Muitas empresas ainda relutam em desenvolver produtos e embalagens pensando na circularidade, pois consideram isto uma perda financeira, quando já se sabe que aproveitar ao máximo um recurso pode ser uma oportunidade de negócio.

Ainda, no âmbito das empresas, existe o desafio de fazer uma logística reversa eficaz que possa atender regiões com necessidades e possibilidades tão diferentes.

A falta de coleta seletiva também é um desafio a ser enfrentado, incluindo não apenas a coleta em si, mas o desenvolvimento de centros de tratamento adequados para os resíduos. Assim como a profissionalização de um mercado de reciclagem que é tradicionalmente informal.

Por fim, a educação do consumidor, que deve saber a importância da separação dos resíduos e como fazer de forma correta.

Oportunidades

As oportunidades de conectar economia circular com gestão de resíduos, está nos ganhos ambientais, diminuindo a poluição de solo e rios, protegendo espécies de animais perto de zonas de tratamento e diminuindo a emissão de GEE na atmosfera. 

Ainda existem os ganhos sócio-econômicos, com geração de empregos em condições dignas, formação de profissionais, desenvolvimento de tecnologias e maior ganho monetário em cima de um mesmo produto por mais tempo.

Como você pode ver nos exemplos de valorização de resíduos da Orizon, a gestão de resíduos, quando aplicadas nos preceitos da economia circular, deixa de ser um problema e se torna uma solução integrada entre diferentes setores, como o de energia.

Fique por dentro da rotina de uma empresa que aplica a economia circular na gestão de resíduos acompanhando a página da Orizon, onde você pode acompanhar de perto nossas soluções.