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5 eventos climáticos extremos e por que estão acontecendo

5 eventos climáticos extremos e por que estão acontecendo

A Terra sempre teve suas variações de temperatura e desastres naturais, porém, pesquisas mostram que o tempo entre um fenômeno destruidor para outro está diminuindo. O motivo? As mudanças climáticas causadas pelas ações dos seres humanos! Veja 5 eventos climáticos extremos dos últimos tempos e por que eles acontecem.

Chuvas fortes no Litoral Norte de São Paulo

No dia 19 de fevereiro de 2023, o Litoral Norte de São Paulo enfrentou as piores chuvas já registradas no Brasil. Em apenas 24 horas, entre os municípios de São Sebastião e Bertioga, já havia chovido 600 mm.

Como resultado de uma junção de fatores, quilômetros de montanha sofreram deslizamentos. No 7º dia de buscas por sobreviventes, foram registrados 65 mortos pela catástrofe.

Mas o que levou a esse evento extremo do Litoral Norte de SP?

  1. Uma intensa frente fria entrou pelo Sul do continente Sul Americano, acarretando neve na Argentina em pleno verão e em lugares que raramente neva. 
  2. Essa frente fria se encontrou com uma área de baixa pressão atmosférica, com uma grande quantidade de vapor, devido à temperatura elevada que enfrentamos no Brasil.
  3. Esta junção resultou em um grande volume de chuva concentrado em apenas uma região, somada com o aumento do nível do mar pela baixa pressão atmosférica, que dificultou o escoamento da água da chuva.
  4. Esses fatores ficam ainda mais graves quando a chuva cai em uma área onde há muita construção irregular. O resultado de um crescimento populacional sem planejamento e os cuidados necessários para proteger as pessoas e a natureza.

Rio, 58º graus

Ainda em fevereiro de 2023, tivemos o episódio do Rio 58º graus. Neste dia, a cidade registrou a maior temperatura desde 2009, com 41,1 °C e sensação térmica de 58,3 °C. A sensação térmica de 58,3º é considerada insalubridade térmica, expondo muitas pessoas a riscos de saúde, especialmente os bebês, idosos e pessoas com comorbidades. 

Apesar de a cidade maravilhosa ser conhecida por suas altas temperaturas, o crescimento urbano, a falta de árvores e cobertura vegetal não só impedem que haja alívio na temperatura e área de refúgio, como nos deixa mais expostos a refletores de calor, como o asfalto.

Por fim, essa alta de temperatura ainda trouxe algas para as águas da praia, que se proliferam com o calor, mostrando um desequilíbrio do ecossistema.

Altas temperaturas nos polos do Terra

Os polos da Terra são conhecidos por suas baixas temperaturas. Tão baixas que apenas algumas espécies de animais e comunidades conseguem viver em parte desta região tão fria e hostil. Porém, essas áreas frias têm uma grande importância para o equilíbrio da temperatura da Terra, já que ajudam no resfriamento do planeta.

As ondas de calor são eventos raros e quase impossíveis de acontecerem nestas regiões, mesmo assim, na mesma semana foram registrados recordes de calor em ambos os polos, contando a partir de 1957, quando a temperatura começou a ser medida ali.

O derretimento das geleiras não só ameaçam a biodiversidade da região, como elevam a temperatura dos Oceanos que também tem grande importância no esfriamento do planeta, assim como também é casa dos corais, plantas que são o verdadeiro pulmão da Terra.

Frio extremo no Mundo

Porém, se engana quem pensa que as mudanças climáticas serão seguidas somente com ondas de calor, os eventos extremos também são marcados pelo frio. O Brasil, por exemplo, é um dos lugares que podem sofrer com o frio extremo.

Este fenômeno é causado especialmente pelo impacto que os polos estão sofrendo. Com a neve derretendo há um esfriamento momentâneo do Oceano e também a liberação de ar frio para outras regiões.

Em reportagem para a CNN, por exemplo, Kevin Trenberth, do NCAR (Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos), já considera as temperaturas extremas como o novo normal. 

Austrália em chamas

Outro evento climático extremo que causou comoção no mundo foi a grande queimada que aconteceu na Austrália na virada do ano de 2019 para 2020. Foram 50 milhões de hectares queimados devido às temperaturas maiores de 40 °C, falta de chuva e vegetação seca.

O aquecimento global não é o único problema

Apesar de o aquecimento global ser um dos maiores desencadeadores dos eventos ambientais extremos ligados às mudanças climáticas, este não é o único problema.

Podemos ver, por exemplo, como a falta de planejamento das cidades e uma falha gestão sustentável de resíduos, que agravam estas catástrofes, como as chuvas volumosas que encontram cidades sem o escoamento necessário e com esgotos bloqueados pela quantidade de lixo.

Portanto, para amenizar o impacto desses eventos que a ciência já diz ser irreversível, precisamos não pensar somente no controle de aumento da temperatura da Terra devido à emissão de CO2, como também gerenciar melhor os resíduos, regenerar áreas e criar soluções circulares para não degradar ainda mais a natureza.

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