A manufatura reversa é o processo, praticamente manual, de desmontar um produto eletrônico para levar cada parte à sua destinação correta, por exemplo, para a reciclagem.
Este é um procedimento fundamental para garantir que itens de grande reciclabilidade possam voltar para a cadeia produtiva, assim como prevenir que os aterros sanitários recebam contaminantes, como o mercúrio, lítio ou chumbo. Este processo acontece, portanto, em uma Unidade de Manufatura Reversa, como a da Orizon, que recebe com segurança este material e faz a sua destinação correta.
Descarte correto é responsabilidade das empresas
Desde que foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, n.º 12.305, colocando em pauta instrumentos como a Logística Reversa, as empresas passaram a ser responsáveis pela coleta da quantidade equivalente à parte daquilo que ela produz.
Esta é uma forma de cobrar as empresas sobre o seu papel nos produtos que oferta, mostrando que além de geração de emprego, elas devem ser responsáveis por disponibilizarem produtos que sejam circulares, ecológicos e socialmente corretos. Quando o cuidado com o descarte passa a ser uma obrigação das empresas, incentiva e impulsiona a criação de soluções mais ecológicas.
No novo decreto, n.º 11.413, de 13 de fevereiro de 2023, três certificados foram estipulados para incentivar que as empresas façam a compensação dos seus materiais produzidos, como o Certificado de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa. Essa é uma forma dos órgãos públicos incentivarem cada vez melhores práticas na gestão de resíduos.
Como é feita a destinação correta para um eletrônico
Produtos eletrônicos não devem ser descartados no lixo comum. Estes itens possuem componentes altamente poluentes, que precisam ser tratados e/ou isolados para não contaminarem o ambiente. Ainda, muitas de suas partes são de grande valor na reciclagem e seria um desperdício aterrar este material.
No Brasil a destinação correta de um eletrônico para uma Unidade de Manufatura Reversa pode ser feito diretamente da empresa que produz para aquela que coleta ou em pontos de coleta pós-consumo.
A empresa que quer descartar corretamente seus eletrônicos deve contratar uma empresa responsável pela coleta e tratamento deste.
Sou uma empresa, para onde posso enviar meu resíduo eletrônico?
Se seu negócio possui uma grande quantidade de resíduo eletrônico, este deve ser destinado a partir da contratação de uma organização que possua uma Unidade de Manufatura Reversa, como a Orizon.
Este processo, além de ser lei, é o que possibilitará que a empresa possa participar de programas de incentivo como aqueles lançados no decreto, n.º 11.413, que exigem uma série de laudos e comprovações de que o destino do resíduo foi correto.
Pontos de coleta pós-consumo pela ABREE
A operação das empresas para retornarem os eletrônicos para a reciclagem é mais fácil quando falamos de produtos que ainda não saíram da fábrica, aqueles com defeito, sobras, etc. Porém, a coleta pós-consumo (aquele produto que já foi vendido) não é tão simples assim.
Como uma empresa pode saber qual foi a destinação correta daquele liquidificador que ela produziu? Difícil rastrear, não é mesmo?
Portanto, para sanar este problema, é necessário integrar a logística reversa com a necessidade de manufatura reversa. Para isso, negócios devem contratar um terceiro que para fazer o recolhimento do equivalente que foi produzido, ou seja, se uma empresa não conseguir destinar corretamente o seu próprio produto, ela pode compensar fazendo isso com um item de outra empresa, desde que cubra as metas de logística reversa que tem.
No Brasil, quem organiza estes pontos de coleta pós-consumo é a ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, uma entidade sem fins lucrativos, que contrata, fiscaliza e auditoria os pontos de coleta e a operação de
serviços prestados por terceiros.
A ABREE conecta empresas que querem melhorar a sua logística reversa, pontos de descarte para o consumidor e operadores que fazem a manufatura reversa, como a Orizon, que em 2023 passou a ser uma parceira da associação. Estes pontos de coleta costumam ser encontrados em lugares de grande fluxo, como lojas, shopping, supermercados, etc.
A companhia associada à ABREE receberá o certificado comprovando aquilo que foi coletado e tratado.
Empresas que fazem descaracterização de equipamentos eletrônicos
Este processo não só é ambientalmente correto, adequando a empresa às normas da Política Nacional de Resíduos, como é necessário para o cuidado com a marca.
Um desses cuidados é a descaracterização do produto. Após coletado, o material é levado para um processo delicado para separar cada parte do produto para sua destinação correta: reciclagem, recondicionamento, destruição, descaracterização da marca e do produto. Dessa forma não há o risco do logotipo ser usado de forma maliciosa em mercados paralelos.
É importante que este procedimento seja feito por uma empresa idônea, que cuidará com responsabilidade de todo o processo de manufatura reversa, além de ser comprometida com o meio-ambiente, garantindo o aproveitamento total de cada parte do material.
Por fim, para assegurar que a manufatura reversa foi feita com eficiência, todo o processo é pautado em laudo, homologação e rastreabilidade, mostrando quando o material chegou na unidade, quando foi destruído, qual a porcentagem gerada de cada material e para onde ele foi destinado.
Conheça o processo da Orizon VR, associada da ABREE, que recebe a coleta em ponto pós-consumo e além do material eletrônico de grandes empresas.