Você já pensou o que acontece com um eletrônico ou eletrodoméstico quando vai para o lixo? Além de gerar um grande impacto ambiental, é um desperdício financeiro! Para prevenir que isso aconteça existe a manufatura reversa, processo de desmontagem dos produtos e segregação dos materiais, separando e destinando corretamente cada parte dele.
Mas como funciona uma manufatura reversa? Descubra todos os detalhes e as vantagens desse processo.
O que é Manufatura reversa?
Quantas partes compõem um aparelho eletrônico? São diversos materiais, vindos de diferentes fontes e levados para diferentes tratamentos, todos juntos em apenas um produto. Diferentemente de uma latinha, uma garrafa ou uma embalagem qualquer, um aparelho eletrônico precisa de um delicado processo de separação e destinação de seus diferentes componentes.
A manufatura é o processo de construir este produto, enquanto a manufatura reversa é o processo de desmontar. Este é um método praticamente manual e que, para ser bem-sucedido, deve considerar o melhor destino para cada um dos materiais.
Os eletrônicos e eletrodomésticos são resíduos considerados perigosos, ou seja, são altamente prejudiciais para a natureza quando entram em contato com o solo e a água, podendo contaminar e adoecer toda a vida que está em volta, inclusive a humana.
Por isso, além de obrigatório pela Lei n.º 12.305/10, este procedimento é extremamente positivo, já que os materiais mais comuns que encontramos em aparelhos eletrônicos são ferro, alumínio, vidro, lítio e uma série de minerais. Isolar os componentes perigosos e reciclar os materiais ricos e de fácil reciclabilidade é sinônimo de sustentabilidade.
Ainda, este processo é positivo para a imagem de empresa, já que no decorrer dessa operação, a indústria que produziu o produto, tem a garantia de que um material com seu nome não será usado em outra companhia, já que na manufatura reversa existe a descaracterização da marca e do produto.
No final do processo cada parte é destinada corretamente para reciclagem, destruição ou controle de impacto.
Como implementar manufatura reversa?
A manufatura reversa possui dois caminhos:
- A empresa encaminha seus resíduos eletrônicos diretamente para uma unidade de manufatura reserva. Para isso o contrato de prestação de serviço é feito diretamente com a unidade de tratamento, como a Orizon, que cuida da coleta do material, separação, destruição e encaminhamento para reciclagem, gerando um laudo com o rastreamento de todo processo.
- Coleta pós-consumo que, neste caso, é necessário estabelecer um ponto de coleta para o público. Este processo é feito através da ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos), que recebe o pagamento da empresa emissora e contrata terceiros, como a Orizon, para estabelecer os pontos de coleta e fazer todo o processo da manufatura reversa.
Para implementar a manufatura reversa, então, é necessário que a indústria tenha um planejamento para os dois modelos: resíduo eletrônico interno e pós-consumo.
Qual a diferença entre manufatura e logística reversa
Apesar da manufatura e logística reversa estarem interligadas, elas são processos diferentes:
- A logística reversa diz respeito a todo aquele material que precisará voltar para seu fabricante, mas não necessariamente para ser descartado, pode acontecer, por exemplo, de produtos que foram com defeito para o consumidor, voltarem para a fábrica e serem consertados, para depois poderem ser vendidos novamente.
- A manufatura reversa está prevista dentro do processo de logística reversa, porém, este sim é dirigido apenas para aqueles produtos que já não serão utilizados na íntegra e precisaram ser desmontados para a destinação correta de seus componentes.
Por que a manufatura reversa contribui com o meio ambiente e por que ela é importante?
A manufatura reversa contribui com o meio ambiente em dois aspectos, evitando a extração de novas matérias-primas da natureza e prevenindo que materiais tóxicos sejam descartados incorretamente.
Existem importantes e raros materiais usados nos aparelhos eletrônicos, com grande impacto ambiental e social na sua extração, como o ouro, o cobre ou a prata. Até mesmo um simples chip, pode conter materiais raros. Ao fazer a manufatura reversa, a empresa e o consumidor estão fechando um ciclo sustentável.
Além disso, reaproveitar estes materiais é uma forma de gerar valor compartilhado, criando mais possibilidades de trabalho digno, em locais controlados. A extração do ouro em áreas ilegais, por exemplo, infelizmente, é algo comum, prejudicial para quem está na região explorada e até mesmo para os trabalhadores que vivem condições insalubres.
A manufatura reversa, assim como todo beneficiamento de resíduos, é uma oportunidade de gerar condições dignas de trabalho, valor econômico usando ao máximo um mesmo produto e otimizando seu custo.
Quais eletrônicos e eletrodomésticos podem ir para pontos de coleta pós-consumo?
Todos os eletrônicos e eletrodomésticos podem ser destinados corretamente em pontos de coleta pós-consumo, porém, é necessário averiguar quais materiais os pontos perto de você recebem. Por exemplo, não podemos levar uma geladeira para um local de pequeno porte, neste caso, é necessário encontrar um lugar específico ou pedir coleta em casa.
No site da ABREE há um mapeamento de todos os pontos de recebimento separados por região e tipo de material.
A Orizon agora é parceira da ABREE, ampliando sua linha de beneficiamento de resíduos e mostrando que podemos ter soluções conscientes e inteligentes para aquilo que antes era considerado apenas lixo.
Conheça todos os projetos de beneficiamento da Orizon acessando o site.