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Lixão, aterro controlado, sanitário e ecoparque, qual a diferença?

Ecoparque_destaque

Todo cidadão brasileiro tem direito ao saneamento básico, incluindo o manejo dos resíduos sólidos, contudo, nem todos têm acesso ao serviço, ou ainda, quando recebem, é de forma ineficaz e com impacto socioambiental negativo. Portanto, para assegurar os direitos é essencial conhecer a diferença entre lixão, aterro controlado, sanitário e ecoparque.

Lixão

Certamente, em algum momento da sua vida, você já viu uma imagem como esta: 

Este é um lixão, um lugar onde os resíduos urbanos e/ou industriais são depositados sem nenhum tipo de preparo e cuidado com o meio ambiente.

No Brasil, 39% do lixo coletado em 2022 foi encaminhado a lixões a céu aberto, segundo dados da ABREMA – Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente. Mesmo com  todos os esforços para erradicar todos os lixões e permitir a transição eficaz e definitiva para uma política adequada de descarte de resíduos sólidos até 2024, o Marco Legal do Saneamento, representado pela Lei 14.026/2020, completou quatro anos em julho passado e cerca de 2.100 lixões ainda estão ativos.

Os impactos de um lixão são inúmeros, entre eles:

  • Contaminação do solo e dos lençóis freáticos pelo chorume – líquido escuro e com alta carga poluidora resultante da decomposição da matéria, orgânica. 
  • Atração de animais peçonhentos e vetores de doenças perigosas aos humanos.
  • Emissão de gases de efeito estufa produzidos na decomposição dos resíduos.
  • Impacto na qualidade de vida das pessoas que vivem na região.
  • Trabalho informal e precário dos catadores.
  • Desperdício de materiais que poderiam voltar para a cadeia produtiva, resultando em perdas financeiras.

Aterros controlados

Os aterros controlados são parecidos com os lixões, contudo levam uma cobertura de solo para não deixar os resíduos expostos.

Apesar dessa técnica inibir a aproximação de animais e minimizar o impacto na qualidade de vida da população local, ainda assim, não resolve a problemática da falta de tratamento do chorume, tampouco da emissão de gases de efeito estufa.

Aterros sanitários

Aterros sanitários são obras de engenharia especialmente projetadas para receber os resíduos que não podem ser reciclados.  São preparados com impermeabilização do solo, captura do chorume para tratamento e dos gases de efeito estufa, como o metano, para queima. 

Apesar de não ser o método mais completo e eficaz para o tratamento dos resíduos, os aterros sanitários são cada vez mais comuns por sua capacidade de minimizar os impactos negativos.

As vantagens do aterro sanitário são:

  • impermeabilização do solo, que evita a contaminação do solo e do lençol freático.
  • captura e tratamento do chorume. 
  • captura gás metano encaminhado para queima.
  • inibição de animais peçonhentos e vetores de doenças, melhorando a qualidade de vida da população local e dos trabalhadores.

Ecoparques

Considerados a  evolução dos aterros sanitários, Ecoparques exploram todo o potencial do resíduo, impulsionando a economia circular e preservando o meio ambiente. 

Ecoparques_destaque

A grande diferença entre o ecoparque para um aterro sanitário comum é o entendimento de que resíduos não são materiais a serem descartados e isolados, mas sim uma matéria-prima rica para ser reintroduzida na cadeia produtiva.

Em um ecoparque como o da Orizon, é possível encontrar soluções pautadas na economia circular, onde todo material tem um destino de reaproveitamento. Quando os resíduos urbanos chegam em um ecoparque, eles passam pelas seguintes etapas:

  1. Triagem de mais de 20 tipos de materiais, garantindo fornecimento perene e rastreabilidade de origem dos reciclados UTM – Unidade de Triagem Mecanizada. 
  2. Os recicláveis são separados por categorias e encaminhados para o reaproveitamento nas indústrias.
  3. O material orgânico é destinado para a compostagem. A produção ocorre por meio do tratamento de resíduos orgânicos que sofrem o efeito da decomposição a partir de bactérias. O resultado desse processo é um fertilizante rico em nutrientes e desprovido de contaminantes.
  4. Materiais não recicláveis, mas de alto valor calórico, são vendidos para indústrias como CDR – Combustível Derivado de Resíduos.
    O CDR é uma alternativa renovável verde às fontes de energia fósseis e minerais, como o gás natural e o carvão em caldeiras e fornos de grandes indústrias. As cimenteiras, por exemplo, se utilizam bastante do CDR nos seus projetos de transição energética. 
  5. O restante dos resíduos   é encaminhado para o aterro com dutos especiais para a captura e tratamento do chorume, assim como a destinação dos gases para a produção de biogás e biometano.
Ecoparque x lixão

A separação e tratamento ambientalmente correto dos resíduos conduzidos no ecoparque, além de recuperar materiais que podem ser reintroduzidos na cadeia produtiva e, ainda, gerar novos produtos como o fertilizante, o biogás e o biometano, também aumenta o tempo de vida do aterro.

Por fim, os Ecoparques da Orizon contam com profissionais capacitados para atuar em toda a infraestrutura. As unidades de reciclagem promovem um grande impacto socioeconômico nas regiões onde atuamos, gerando empregos, renda e desenvolvimento profissional, inclusive a antigos catadores, renda e impostos aos municípios. Só em Jaboatão, temos 200 pessoas contratadas. 

A instalação de ecoparques para o tratamento de resíduos proveniente de residências ou indústrias, é de extrema importância para proporcionar sustentabilidade no setor e também fomentar a economia.

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