Desde que a sociedade se identificou produzindo, armazenando e utilizando energia para alimentar seus processos de evolução, a relação com o meio e com a vida no geral mudou bastante. Hoje boa parte dos processos básicos de rotina param se não há energia elétrica disponível nas tomadas, por exemplo. As pessoas param de trabalhar, de estudar, até morrem, caso não haja um gerador disponível, preparado e funcionando.
A energia tornou-se então base do processo evolutivo de forma que pouca coisa é possível se fazer sem ela. Levando isso em conta, falar sobre diversificação energética é mais do que apenas buscar novas fontes energéticas, a diversificação da matriz energética em tempos atuais não foca apenas sobre processos de evolução da sociedade mas também sobre sobrevivência dela.
Dito isso é fundamental trazer a importância de não só diversificar os tipos de fontes de energia mas também viabilizar fontes que sejam de energia renovável, e tome como renovável aquelas que, de fato, respeitem a capacidade do planeta terra de se regenerar naturalmente e que não sejam uma releitura de uma fonte energética que aparentemente parece renovável mas pensando-se em impactos socioambientais de médio e longo prazo, acabam não sendo.
É importante não repetir os mesmos equívocos do tempo em que as decisões eram tomadas não se considerando que os recursos naturais são finitos e que dependemos deles.
Dia de sobrecarga da Terra
No ano de 2022, o dia 28 de julho foi a data que representou Dia de Sobrecarga da Terra, isso significa que já foram consumidos todos os recursos naturais disponíveis para o ano e a partir de agora, vive-se de “créditos”, ou seja, foram utilizados mais recursos do que o planeta consegue produzir e renovar nesse intervalo de 1 ano. Segundo a Global Footprint Network e a WWF, nesse ritmo seriam necessários 1,75 planetas Terra para sustentar o consumo da população de forma sustentável.
Uma ótima alternativa para diversificar então a matriz energética e tentar reverter esse quadro é intensificar o uso dos biocombustíveis derivados do biogás, por exemplo.
O biogás é uma mistura de gases de onde se origina o Biometano[1] , que pode substituir sem prejuízos de eficiência o gás natural de origem fóssil e que é produzido por resíduos orgânicos, portanto, é inquestionavelmente uma fonte inesgotável de energia renovável.
Jogando energia fora
Levando-se em conta que geramos resíduos todos os dias e que eles são enviados, em sua grande maioria, para serem soterrados em aterros sanitários ou até lixões sem a coleta do biogás, não é muito difícil concluir que estamos jogando energia fora, literalmente.
É possível exemplificar isso com a estimativa que a Associação Brasileira de Biogás (ABIOGÁS) faz; ela afirma que o potencial de produção de biogás no Brasil por ano é de 44,1 bilhões de metros cúbicos (Nm³), isso significaria produzir 170.912 Gigawatts por hora (GWh) de energia elétrica ou substituir 40,8 bilhões de diesel por biometano, gás oriundo do processo de purificação do biogás.
Essa projeção mostra o quanto do potencial de produção de biogás no país ainda pode aproveitar .
Soluções para o futuro
Diante da contradição de jogar energia fora, é possível afirmar que o biogás é uma das alternativas para fonte de energia renovável daqui pra frente.
Pensando nisso a Orizon investe na transformação do lixo em matéria-prima, energia e gás renovável, proporcionando mais harmonia na relação entre humanos e meio ambiente, inovando em soluções de gestão de resíduos pela sociedade, produzindo créditos de carbono e consequentemente viabilizando práticas que respeitam o tripé da sustentabilidade (aspecto social, ambiental e econômico) e fomentam atuações alinhadas com o ESG.
Saiba mais como funcionam os ecoparques da Orizon bem como o resíduo vira energia renovável através da produção do biogás.