
O Decreto n.º 11.413, que institui o Crédito de Reciclagem, beneficia a gestão de resíduos ao implementar mecanismos que promovem maior controle, eficiência e incentivos econômicos para a logística reversa e a reciclagem.
A gestão de resíduos é um grande desafio da sociedade e do poder público, especialmente em regiões urbanas, onde há a maior concentração de descarte de rejeitos. Os impactos do descarte inadequado desencadeiam:
- Emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para a poluição atmosférica;
- Degradação do solo devido à contaminação por substâncias nocivas;
- Comprometimento do lençol freático;
- Potencial aumento na disseminação de doenças entre pessoas e animais.
Não podemos deixar de citar a perda econômica que existe quando ocorre uma má gestão de resíduos que poderiam ser direcionados para reciclagem, compostagem e até mesmo geração de energia limpa.
Portanto, a determinação de um decreto, como o n.º 11.413, o Crédito de Reciclagem é fundamental para avançar na implementação de sistemas estruturados de logística reversa, promover a economia circular e fomentar a inclusão socioeconômica dos catadores, fortalecendo a sustentabilidade no país.
Como o Crédito de Reciclagem beneficia a gestão de resíduos
Criação de Certificados de Crédito
O decreto n.º 11.413 institui três certificados, com objetivo de oferecer meios de rastreamento, comprovação e incentivos financeiros para empresas cumprirem suas metas de logística reversa e reciclagem de resíduos.
- CCRLR: Comprova a restituição de resíduos recicláveis ao ciclo produtivo, incentivando a destinação correta e o reaproveitamento de materiais;
- CERE: Estimula investimentos em projetos estruturantes que melhoram a infraestrutura e promovem a inclusão social de catadores;
- Certificado de Massa Futura: Incentiva investimentos antecipados em sistemas estruturantes para a recuperação futura de resíduos recicláveis.
Estes certificados estimulam as empresas a implementarem estratégias baseadas na economia circular e logística reversa.
Estímulo à Inclusão Social
Um grande ponto positivo deste decreto é priorizar a integração de catadores e cooperativas nos sistemas de logística reversa, promovendo:
- A formalização e a regularização das organizações de catadores;
- A transferência de ativos adquiridos por projetos estruturantes para cooperativas e associações;
- O aumento da renda e a inclusão socioprodutiva dos trabalhadores do setor.
Isso fortalece a cadeia de reciclagem e regulamenta a participação ativa dos catadores, reconhecendo seu papel essencial na gestão de resíduos.
Fortalecimento da Logística Reversa
O decreto estabelece diretrizes claras para implementar e operacionalizar sistemas de logística reversa, como:
- A ampliação da infraestrutura (pontos de entrega, unidades de triagem e reciclagem);
- A colaboração entre empresas e entidades gestoras;
- A padronização de processos e o uso de tecnologias como o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), que melhora a rastreabilidade dos materiais recicláveis.
Com isso, as empresas têm mais clareza e suporte para atingir suas metas de reciclagem e logística reversa, além de serem incentivadas a trabalhar com empresas como a Orizon, que faz a gestão responsável e sustentável dos resíduos.
Economia Circular
A economia circular é um conceito chave para minimizar os problemas dos resíduos sólidos, por isso, o decreto incentiva:
- A redução de resíduos na fonte e o aumento da reciclagem;
- O uso de insumos com menor impacto ambiental e maior reciclabilidade;
- A produção e o consumo de produtos reciclados.
Isso estimula a transição para uma economia circular, onde os resíduos são reaproveitados como insumos, reduzindo a extração de recursos naturais e os impactos ambientais.
- Descubra o que é Economia Circular
Incentivos Econômicos
Atualmente as metas de sustentabilidade são primordiais para o desenvolvimento das empresas, a ponto de serem criados fundos de investimentos com foco nesses projetos. Com isso, as companhias entendem que há cada vez mais benefícios econômicos ao se enquadrem em leis socioambientais como a de Crédito de Carbono.
A criação dos certificados permite que empresas que investem em reciclagem e logística reversa monetizem seus esforços. Ao adquirirem esses certificados, as empresas podem:
- Demonstrar o cumprimento de metas regulatórias;
- Valorizar suas ações de sustentabilidade no mercado;
- Atrair investidores alinhados com critérios ESG (ambiental, social e governança).
Transparência e Rastreamento
Com a obrigatoriedade de rastrear resíduos por meio do Sinir e notas fiscais eletrônicas, o decreto garante:
- Maior transparência nos processos de reciclagem;
- A integridade das informações sobre massas de resíduos coletadas e recicladas;
- Auditorias regulares para evitar fraudes.
Trabalhar com empresas como a Orizon, que rastreia toda a sua operação, assegura que as metas de logística reversa sejam cumpridas de forma confiável.
Benefícios para Municípios
Ao incluir sistemas públicos de coleta seletiva em projetos estruturantes ocorre:
- Melhora na infraestrutura de gestão de resíduos sólidos em municípios onde ela é inexistente ou precária;
- Promoção da educação ambiental da população para o descarte correto de resíduos;
- Criação de empregos para a sociedade local;
- Melhora de problemas de poluição e doenças advindas do descarte incorreto desses resíduos.
Isso fortalece os serviços públicos de limpeza urbana.
O Decreto nº 11.413/2023 é um marco para a gestão de resíduos no Brasil. Ele incentiva a economia circular, fortalece a infraestrutura de reciclagem e valoriza a inclusão social. Com mecanismos claros e eficientes, o decreto ajuda a cumprir as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contribuindo para um modelo mais sustentável e inclusivo de gestão de resíduos no país.
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